sexta-feira, dezembro 24, 2021

Portugal regressa ao "estado de calamidade" - 10ª parte

Convém, portanto, analizar as novas medidas, ou a alteração das que estavam anunciadas, decorridas do Conselho de Ministros antecipado para ontem, terça-feira, bem como o impacto que se pode esperar, não apenas a nível do controle da pandemia, mas também na vertente económica, onde as restrições têm, inevitavelmente, efeitos negativos.

Uma das medidas que imediatamente contestamos foi a chamada "semana de contenção", na qual o teletrabalho seria mandatório, sempre que possível, e as aulas estariam suspensas, com o início do 2ª período adiado uma semana, o que propicia a todos q

uantos optaram por passar o ano fora do seu local de residência habitual aí permanecer, prolongando o convívio e aumentando o risco de contágio. É de notar que este ano, tanto o Natal como a passagem de ano ocorrem a sábados, o que, não prolongando excessivamente nenhum fim de semana, não deixa de possibilitar a quem reservou dias de férias, dispor de uma semana livre, incluindo dois fins o que, conjuntamente com a "semana de contenção" anunciada, pode facilitar deslocações para locais mais afastados.

Instaurar uma nova "semana de contenção" neste período, entre o Natal e a passagem de ano, para além de ineficaz, já que os dias mais perigosos para uma possível infecção serão no termo desta, revela um perigoso desconhecimento da realidade nacional, demonstrando que o Governo e desconhece os reais hábitos dos portugueses, bem como a dificuldade que resulta da imposição do trabalho não presencial para apenas três dias úteis depois, assumindo que a sexta-feira antes do Natal ainda pode ser incluida neste conjunto.

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