Na semana passada, já admitiamos que as medidas anunciadas para o período do Natal e passagem de ano fossem revistas, dada a ineficácia daquelas que foram estabelecidas, seja pela impossibilidade do seu cumprimento efectivo, por falta de recursos, seja pela sua inadequação face ao fim proposto, sendo que, no limite, podiam revelar-se contraproducentes.
A revisão, inevitável, era fácil de prever, bastando analizar a forma e velocidade com que a mais recente variante do vírus se tem disseminado e o comportamento das populações, introduzindo-se aqui as especificidades relativas a esta época do ano, que propicia contactos e movimentações que favorecem, em muito, novas infecções, sobretudo a nível familiar.
É de salientar que continua a verificar-se uma confusão generalizada quanto à nova variante, manifestamente mais transmissível mas, aparentemente, menos letal, o que vem em linha com o que se pode esperar da evolução de um vírus e da evolução das estirpes, do que resulta a predominância das que se revelam mais capazes de sobreviver, concretamente as que mais se replicam, mas que menos afectam os hospedeiros.
Assim, é expectável que a Omicron, possa ser um passo da evolução de uma pandemia para uma endemia, tornando-se o virus, na sua estirpe dominante, mais um dos que fazem parte do nosso dia a dia, ao qual nos habituamos e com o qual aprendemos a conviver, com a necessidade de proteger os mais vulneráveis, mas sem que deste decorram limitações ou a alteração do modo de via, adaptando-o apenas, de forma normal, a uma nova realidade.
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