sexta-feira, dezembro 31, 2021

Portugal regressa ao "estado de calamidade" - 13ª parte

Para além da impraticabilidade do disposto na testagem, do que resulta uma quase paralesia do sistema de testagem e da impossbilidade de acesso a espaços ou actividades, as consequências económicas são evidentes, pelo que nos interrogamos, também nesta vertente, quanto à racionalidade das medidas adoptadas e da sua adequação à realidade actual e às características da estirpe dominante.

Para agravar a situação, existe a suspensão da vacinação, para que quem tem esta complexa missão a cargo possa descansar, algo que é compreensível e mais que justo, mas que implica o adiamento de muitas vacinas que, neste momento, visam os mais jovens, deixando muito pouco espaço para vacinar aqueles que possam ser mais vulneráveis em função da idade.

Esta suposta corrida para vacinar crianças, protegendo-as de uma variante que, pelo conhecimento existente, pouco as afectará, já que tem sido menos impactante para os adultos, expondo que possa precisar de maior protecção, é manifestamente errada, resultando de uma opção política baseada num conjunto de opções por parte da Direcção-Geral de Saúde erradas, demasiadamente limitativas para os mais jovens quando se suspeite que tiveram contactos com alguém infectado.

Agrava o erro a falta de eficácia das actuais vacinas contra a variante Ómicron, com estudo a apontar para a perda de eficácia no curto prazo de sete semanas, pelo, face a ciclos cada vez mais curtos, o esforço terá que ser o de disponibilizar os meios existentes para proteger quem mais precisa, sendo virtualmente impossível, e eventualmente perigoso, insistir na vacinação em massa de quem não corre real perigo, desconhecendo-se as consequências para o sistema imunitário desta elevada frequência na administração de vacinas, que pode aprender a apenas reagir quando estimulado artificialmente.

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