Autoridade Tributária expõe falta de verdade dos CTT - 2ª parte

Demorar 10 dias a processar uma encomenda que tem o IVA pago na origem, o que implica apenas a introdução de um simples código e proceder a uma validação, um processo simples e rápido, que, tal como confirmou a Autoridade Tributária, demora poucos minutos, demonstra a incapacidade dos CTT no cumprimento da sua função, e tal pode, naturalmente, dever-se a falta de recursos, mau dimensionamento da empresa, organização incompatível com a realidade actual, ou outras, mas o faltar à verdade faz-nos entrar noutra dimensão.

Os CTT, para além de dificultarem os contactos, tendo eliminados os endereços de correio electrónico, o que implica preencher formulários extensos, mesmo quando se trata de uma resposta a uma mensagem da empresa, respondem sempre com generalidades, nunca abordando a questão concreta, ou, simplesmente, faltando à verdade, como se não houvesse possibilidade de verificar a veracidade das informações transmitidas, com a consequente exposição pública do sucedido, para que quem lida com esta empresa saiba aquilo que o espera.

Aconselhamos todos os nossos leitores que se sintam lesados pelos CTT a reclamar junto da ANACOM, seja directamente, através dos contactos que esta autoridade disponibiliza, seja via livro de reclamações electrónico, mas não directamente nos CTT, já que esta apenas é processada internamente, não sendo do conhecimento da entidade reguladora que, assim, desconhece a extensão dos problemas funcionais dos correios e da forma como lidam com os clientes, bem patente no exemplo que acabamos de expor.

Obviamente, temos os registos e a documentação que suportam estas afirmações, sendo manifesto que os CTT, para além de não prestarem um serviço compatível com as necessidades actuais, comprometendo recursos e sacrificando a economia nacional, o que é lamentável, optam por faltar à verdade, e isso é indesculpável, merecendo ser penalizados com a retirada da concessão do Serviço Postal Universal, que demonstram ser incapazes de cumprir.