quarta-feira, janeiro 19, 2022

Novas eleições, novas sondagens, novos erros - 2ª parte

Assim, temos que apontar para uma amostra deficiente, que não traduz a realidade, e para os métodos que foram utilizados reunir o conjunto de participantes no estudo, sendo óbvio que na altura do seu recrutamento não foram tidas em conta todas as variáveis que determinam a sua representatividade.

Manifestamente, tamném não existe uma genuína preocupação em determinar onde se encontra o problema, com justificações que apenas inquirindo novamente cada eleitor constante da amostra se poderia saber porque mudou, ou seja, continuam a insistir na teoria da mudança ao invés de procurar outro tipo de explicações, que, sendo mais complexas e elaboradas, acabam por não satisfazer o imediatismo que se pretende para algumas repostas.

É de notar que existem diversas variantes nas sondagens, com variáveis como "potencial de crescimento", ou perguntas tão parcelares, como as que versam as supostas qualidades dos líderes partidários, que, objectivamente, não passam de exercícios, nalguns casos pouco mais do que fúteis, mas que evitam o comprometimento com resultados que possam ser directamente confrontados com os que serão revelados após o acto eleitoral.

Não deixa de ser curioso que várias empresas alarguem o conjunto de perguntas, muitas vezes abordando questões que são marginais, ao invés de alargar a base que serve de amostra, centrando-se no que realmente interessa aos leitores, o que permite que os erros se mantenham, podendo ser disfarçados, eventualmente, no meio de diversos resultados de pouco relevo.

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