O Tribunal de Castelo Branco condenou a 25 anos de prisão, a pena máxima permitida em Portugal, o engenheiro eletrotécnico que foi acusado de um total de 16 crimes de incêndio florestal, sendo um dos crimes agravados por deste ter resultado um ferido grave, que permaneceu em coma durante duas semanas.
O colectivo do tribunal deu como provado que Nelson Afonso, de 39 anos, residente no concelho da Sertã, em prisão preventiva desde o momento da sua detenção, foi o responsável pelos crimes de que veio acusado, tendo-o condenado a uma pena de nove anos de prisão por cada um dos 15 incêndios dos quais não resultaram vítimas e a uma pena de 11 anos de prisão pelo incêndio que causou uma vítima, do que resultou o cúmulo jurídico de 25 anos, o máximo possível em Portugal.
Durante o julgamento o arguido confessou, perante o tribunal, ser responsável pela totalidade das acusações do Ministério Público, com excepção de uma, relativamente à qual alega não se recordar, apesar de admitir conhecer o local do incêndio, sendo certo que os indícios apontam no sentido da sua responsabilidade.
Uma das características destes crimes era o recurso a engenhos incendiários com temporizadores, o que permitia que estes se activassem numa altura em que aquele que é designado por "engenheiro incendiário" já se encontrasse longe do local da ignição, dificultando a possibilidade de ser apanhado no acto, mas permitindo reconhecer um conjunto de práticas que apontavam para um único responsável.
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