Portugal disponibilizou à Ucrânia a sua frota de Kamov, composta por seis unidades Ka-32, uma dos quais acidentadas, a qual, actualmente, se encontra imobilizada, seja por falta de peças e manutenção, seja por falta dos certificados necessários à sua operação, situações imputadas às sanções aplicadas contra a Rússia mas que, efectivamente, se vinha a arrastar antes do início desta crise.
Há muito que este conjunto de helicópteros pesados, adquiridos pelo Estado para a já extinta e sempre polémica Empresa de Meios Aéreos, se encontrava inoperacional, numa carreira onde incidentes, e mesmo acidentes, comprometeram grande parte da sua capacidade, sendo, desde há muito, óbvio que o Governo português procurava uma saída airosa para um problema incómodo, que se arrastava sem fim à vista.
Para quem já não se recorde da história da Empresa de Meios Aéreos e dos Kamov, sugerimos consultar os textos que constam deste blog, procurando por estas palavras ou recorrendo ao "tag" "Kamov", podendo a partir daí ter uma maior percepção da complexidade do problema que o Governo pretende resolver, eventualmente tentando que se esqueça um dos episódios mais lamentáveis em termos de processo de selecção e aquisição de meios aéreos para o Estado.
Actualmente, a perspectiva de voltar a operar os Kamov era nula, o que constituia um embaraço para o Governo, hoje liderado por um primeiro ministro que teve responsabilidades na gestão do dossier, enquanto titular da pasta da Administração Interna, sendo certo que a Força Áerea não tinha interesse neste modelo, completamente diferente dos operados pelas forças ocidentais, e requerendo cadeias logísticas provenientes da Rússia, o que na actual conjuntura seria impossível, ou da Ucrânia, que não tem disponibilidade para o fornecer material, pelo que não havia perspectivas para o futuro dos Ka-32.
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