Este é um problema, com impacto a nível económico, que ninguém quer resolver, seja pela má consciência de uma privatização da gestão cujos resultados são visíveis, seja porque uma solução poderia determinar o fim da empresa, tal como a conhecemos, o que não agrada a muitos partidos políticos, sendo certo que todos coincidem na tentativa de não tocar num assunto melindroso e que a todos incomoda, seja pela responsabilidade que têm, seja pela incapacidade de propor uma solução.
Sâo muitos os factores que, comulativamente, mas também interagindo entre sí, contribuem para que Portugal se atrase cada vez mais face aos seus competidores mais directos, e este é um facto objectivo que os dados oficiais confirmam de forma inequívoca, sendo manifesto que os CTT têm um peso negativo de relevo, difícil de quantificar, mas que, entre atrasos, extravios, erros e outras atitudes inaceitáveis, serão certamente da ordem dos milhões de Euros anuais, com o prejuízo a refletir-se na generalidade dos consumidores e não apenas nos clientes directos da empresa.
Os mais interessados neste assunto, para além dos inúmeros textos que publicamos no passado, podem aceder ao "Portal da Queixa", confirmando assim tudo o que afirmamos, aconselhando a que, caso tenham sido afectados pelo serviço, nunca deixem de formalizar uma queixa junto da entidade reguladora, neste caso a ANACOM, e nunca directamente com a empresa, que as tende a interpretar como meras sugestões, sendo óbvio que, neste caso, não haverá nenhum seguimento ou consequências.
Sem qualquer perspectiva de assistirmos a um melhoramento da actual situação, agravada pelo facto de a concessão do Serviço Postal Universal ter sido prorrogada sem concurso, e do recente aumento de preços, o mais provável é que, em termos de serviço de correios, Portugal se torne num estado pária, acompanhando um conjunto de países em África e na América Latina, com todos os impactos que tal terá na economia e na credibilidade de um país que, nitidamente, não sabe cuidar da sua reputação.
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