Segundo o Banco de Portugal, perto de um décimo dos portugueses que efectuam transações financeiras via Internet terão sido vítimas de algum tipo de burla, um número que consideramos extremamente elevado e que vai levar esta instituição a promover actividades que visam contrariar esta tendência crescente.
Este número é particularmente elevado, e, tendo em conta o número de portugueses que usam serviços financeiros ou efectuam operações financeiras via Internet tem vindo a aumentar, o total de burlas excede em muito o que se pode imputar a crimes mais convencionais e para os quais o sistema investigatório e penal está melhor equipado.
Agrava este problema a recente lei dos metadados, que vem dificultar de forma muito substancial as investigações, muitas delas iniciadas recorrendo a este tipo de dados ou que nestes residem elementos probatórios essenciais para uma condenação, podendo estas alterações legislativas resultar numa quase impunidade dos criminosos, muitos deles responsáveis por um largo número de burlas, que, desta forma, podem continuar a sua actividade correndo um mínimo de riscos.
Nesta conjuntura, este tipo de crime surge como particularmente apetecível a um cada maior número de criminosos, que, para além da inexistência de confrontos físicos, dificilmente serão apanhados em flagrante, podendo tirar partido de um grande número de artifícios que facilmente atrasam ou bloqueiam as investigações, para o que a falta de meios, os atrasos judiciais e a legislação actual muito contribuem.
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