Se os primeiros Range Rover foram efectivamente um marco, colocando as capacidades de um todo o terreno no mercado de luxo, visando um público que requer outro tipo de conforto e está disposto a pagar um preço elevado, estes constituiam uma minoria dos veículos produzidos, e as suas capacidades fora de estrada mantinham este modelo dentro do espírito da marca, complementando os Defender.
A maior ruptura, surgiu com os Discovery, que, mantendo muito do Defender, com o qual partilhavam orgão mecânicos e transmissão, encontrou um excelente compromisso entre as capacidades fora de estrada e o conforto a um preço competitivo, popularizando a Land Rover entre um conjunto de interessados no todo o terreno que procuravam desempenho num veículo que pudesse, igualmente, ser utilizado como um automóvel comum.
Com o aumento de modelos e versões, surgiram também as dificuldades, com a Land Rover a ser adquirida por diversas marcas, passando pela Ford e BMW e indo parar na Tata Motors, que equaciona uma rentabilização que passa por uma estratégia comercial completamente distinta e que consideramos ser particularmente arriscada, sobretudo numa altura em que, em muitos mercados, os veículos do grupo estão fora do alcance da maioria dos potenciais compradores.
A decisão ainda não está operacionalizada, pelo que faltam muitos detalhes relevantes para o completo entendimento do impacto que estas alterações terão na marca, mas é um facto objectivo que, com o termo da produção do anterior modelo do Defender, terminou uma era para a Land Rover, que abandonou um segmento onde reinou durante décadas e que agora tem representantes entre as marcas suas rivais.
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