Não obstante os filtros que vão sendo introduzidos e a própria capacidade de aprendizagem, que, sem dúvida, evoluirá muito rapidamente, as respostas serão dadas com base em informação pura, decorrente de fontes e relacionando dados, podendo ser sintetizada ou consolidada, no limite extrapolada, mas não intuida ou imaginada, menos ainda valorada, pelo que deve haver uma especial atenção na discussão de temas sensíveis.
Sabemos que quem desenvolve estas plataformas está particularmente atento a um conjunto de temas e tem implementado filtros e condicionado respostas, mas, seja intencionalmente, seja por vulnerabilidades ou deficiências dos sistemas, podemos esperar que surjam repostas erradas ou que, sendo factualmente correctas, podem ter consequências desastrosas em enquadramentos específicos, sobretudo em conjunturas complexas onde a análise implique outras formas de aproximação e elaboração.
Independentemente das opiniões ou julgamentos, mesmo para além de qualquer legislação restritiva ou proibitiva, é impossível deter os avanços e a disseminação generalizada dos sistemas e plataformas que recorrem à inteligência artificial, pelo que a formação dos utilizadores no sentido da sua consciencialização e da melhor forma de utilizar estas ferramentas é absolutamente essencial, devendo esse esforço ser desenvolvido antes que estas entrem numa fase de utilização generalizada para a qual não houve uma preparação prévia.
No entanto, infelizmente, prevemos que, ao invés de fornecer os instrumentos aos utilizadores para que tirem partido das novas ferramentas e as utilizem de forma consciente e prudente, iremos assistir a uma torrente de legislação inútil, num misto de proibições e restrições, impossíveis de regulamentar adequadamente e, menos ainda, de cumprir, pelo que, num curto prazo, muitos serão os que, incapazes de entender a responsabilidade, irão culpar outros pela incompetência que revelaram.
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