A poucos dias do mês de Julho, numa altura em que o perigo de incêndios florestais aumenta substancialmente, a disponibilidade real de meios aéreos e o facto de o número previsto não ter sido alcançado, não obstante as diversas tentativas, nalguns casos através de processos concursais destinados ao fracasso, tal a descrepância entre os valores propostos e os praticados no mercado, é preocupante.
Dos previstos 72 meios aéreos, 60 foram contratualizados, com possibilidade de a estes se adicionarem outros 3, o que, mesmo sendo marginalmente superior aos disponíveis em anos anteriores, carece ainda de confirmação, sendo certo que apenas a sua operacionalização se obterá o número defenitivo.
Naturalmente, na situação actual, com a guerra na Ucrânia a decorrer e desastres climáticos um pouco por toda a parte, a escassez de meios aéreos é patente, e seria de esperar nesta conjuntura, pelo que todo o processo de contratação devia ter sido antecipado, contemplando cenários realistas em termos de disponibilidade e preços, sem cair na habitual tentação de começar por ofertas absurdas, que nunca seriam respondidas de forma positiva, resultando no adiamento sucessivo das contratações.
Esta prática, que tem sido habitual, resulta, inevitavelmente, na impossibilidade de contratualização num período em que os preços são mais baixos, adiando, sucessivamente, a conclusão do processo até uma altura em que, como consequência de uma maior escassez face aos contratos já celebrados, os valores praticados subiram substancialmente, resultando num grave prejuízo para o Estado.
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