Aliás, tendo em conta as características de muitos produtos da Huawei, não será fácil encontrar substitutos, e menos ainda na mesma gama de preço, como resultado de uma crescente desindustrialização que permitiu a um conjunto de países asiáticos, com predominío da República Popular da China, serem os fornecedores quase exclusivos de um vasto conjunto de produtos tecnológicos, do que resulta não apenas uma enorme falta de alternativas, mas também uma grande fraqueza negocial perante o conjunto de empresas que concentra a produção nesta área.
Portanto, existirá uma substancial dificuldade em operacionalizar esta decisão, sendo pouco provável que surjam alternativas tecnologicamente sólidas e financeiramente competitivas no período estabelecido para esta transição, que tem, no entanto, outras vertentes que convém analizar e que não terão menos importância em termos práticos do que a vertente tecnológica.
Dado que o Estado, apenas há quatro anos, autorizou o uso de equipamentos da Huawei, com os operadores a fazerem investimentos muito significativos, que implicaram custos adicionais em termos de formação, mas também no condicionamento do projecto de rede, no qual as especificidades de cada escolha é determinante, será mais que previsível que existam compensações, que, sem dúvida, serão de milhões de Euros.
Acresce ainda, em termos de custos, a disrupção resultante da substituição de todos os equipamentos do fornecedor principal de uma rede, do que resulta, invevitavelmente, interrupções de serviço, mesmo que breves, caso muito bem planeadas, mas será sempre de esperar perdas de desempenho, falhas e indisponibilidade durante o período em que a nova solução, após implementada, vai ser submetida aos primeiros testes reais, suportando as necessidades de milhões de utilizadores.
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