Sabendo que várias plataformas bloqueiam o acesso a clientes não oficiais, limitando as opções dos utilizadores e a possibilidade de concentrarem numa única aplicação o acesso a distintas plataformas, este passo do Whatsapp, se bem que positivo, é francamente insuficiente, continuando a impossibilitar o nível de integração que permitiria a este tipo de comunicação atingir uma abrangência e universalidade que permita ser uma opção permanente a sistemas mais clássicos que cada vez se revelam mais obsoletos.
Obviamente, um maior avanço em termos de interoperabilidade implica uma maior partilha de tecnologia, o que é um obstáculo dado o enorme investimento necessário para desenvolver e aperfeiçoar plataformas complexas, podendo resultar num desequilibrio financeiro, mas também tem implicações nos projectos futuros, tipicamente reservados como forma de ultrapassar a concorrência, e que, desta forma ficariam mais expostos.
Este será sempre um equilíbrio complexo, com inúmeros potenciais efeitos colaterais, pelo que a legislação europeia não avançou tanto quanto seria do interesse imediato dos utilizadores, adoptando opções prudentes, que não comprometam a sustentabilidade das plataformas envolvidas, nem os investimentos destas em novas tecnologias, mas este terá sido apenas um primeiro passo, que aponta numa direcção concreta e estimula os envolvidos a equacionar novas possibilidades de interoperabilidade.
Esperamos que, num futuro muito próximo, exista uma verdadeira integração entre plataformas, come texto, som e imagem, permitindo desde trocas de mensagens a videochamadas, remetendo para o passado as complexidades de gerir distintas aplicações ou recorrer a sistemas obsoletos, sem que deste passo decorra uma maior vulnerabilidade ou perda de privacidade, ambos essenciais para que exista por parte dos utilizadores a confiança que permita dar o passo de aderir a um sistema integrado.
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