As falhas de Internet em diversas escolas durante as provas de aferição do 8º ano, com todas as consequências que são fáceis de entender, não podem deixar de serem projectadas no processo eleitoral que decorre no próximo Domingo, com as eleições para o Parlamento Europeu, onde o voto em mobilidade carece do mesmo tipo de comunicações, podendo recorrer aos mesmos circuitos de dados.
A opção pelo voto em mobilidade, que permite a cada eleitor votar numa mesa de voto à sua escolha, desde que se faça acompanhar por um documento de identificação válido, seria a opção adequada para um processo eleitoral que decorre numa data que, em Portugal, levanta diversos problemas, dada a proximidade de feriados, podendo resultar em índices de abstenção particularmente elevados.
Sendo eleições que decorrem em simultâneo nos vários países da União Europeia, a alteração de data era impossível, salvo acordo entre todos, pelo que as soluções prescritas para facilitar o acesso ao voto, fazendo todo o sentido, implicam dispor de uma base tecnológica, e do "know how" por parte dos membros das mesas, que operacionalizam as soluções escolhidas, para além de um conjunto de técnicos de informática, alguns dos quais recrutados para o efeito.
Infelizmente, e tendo em conta o sucedido durante as provas de aferição, sabendo que muitas mesas eleitorais estão nas mesmas escolas onde decorreram as falhas de Internet, não podemos deixar de nos interrogar quanto à possibilidade de algo semelhante ocorrer durante o acto eleitoral, negando a eleitores que pretendem votar em mobilidade a possibilidade de o fazer, sem que exista uma alternativa real, caso tal suceda, impossibilitando o voto dos que forem afectados.
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