Quem reside em Lisboa, numa zona central, tem a noção do que significa para o socorro as mudanças introduzidas em muitas zonas, havendo ruas que, de duas faixas de rodagem em cada sentido, passaram a apenas uma, obviamente num único sentido, tornando um socorro atempado virtualmente impossível em condições normais, situação que pode ser agravada por um incidente ou acidente, bastando que um veículo se avarie para que todo o trânsito na zona fique bloqueado.
O reforço do INEM, absolutamente necessário, não pode ser abordado de forma isolada, terá, inevitavelmente, que ser incluído num plano mais abrangente, com uma visão mais global, onde todos os factores que condicionam o socorro estejam devidamente incluídos, analizados e valorados, na medida em que afectam o socorro.
A ideia de que aumentando os recursos disponíveis, sendo popular, não passa do muito habitual método de lançar dinheiro sobre os problemas, esperando que estes, eventualmente, se afoguem sob avultadas quantias, mas é objectivo que, tendo meios disponíveis, caso estes não possam circular com a rapidez necessária ou se os serviços de urgência não tiverem os recursos adequados ou estiverem a distâncias demasiado longas, os resultados serão negativos.
A menos que haja uma intervenção de fundo, não apenas no INEM, mas que abranja todos os factores que condicionam o socorro, a tendência será para que a situação se degrade ainda mais, colocando em risco a vida de todos, dado que, de uma forma ou de outra, todos podemos, um dia, necessitar de recorrer a meios de socorro e que, com os actuais tempos de resposta, a probabilidade de estes cumprirem a sua missão num tempo razoável é diminuta.
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