O número de dias que decorre desde o ataque até à reposição dos serviços. e desconhece-se ainda se estes contarão com o mesmo volume de informação previamente armazenada ou se foram perdidos dados, ou estão em poder dos atacantes, que podem pedir um resgate ou, simplesmente, dependendo dos conteúdos, colocá-los à venda, revela que o Estado português não está preparado para este tipo de criminalidade e que, havendo conhecimento do facto, os ataques irão multiplicar-se.
Tão, se não mais importante, do que responder a este ataque e repor as funcionalidades, é a preparação dos sistemas para resistir a ataques futuros, que, inevitavelmente, irão acontecer, e, caso não seja possível deter os atacantes, dispor de meios que permitam recuperar muito rapidamente os sistemas atingidos, de modo a que, no dia seguinte a um ataque, os utilizadores possam voltar a usufruir dos serviços prestados.
Proteger adequadamente sistemas de informação é um investimento pesado, muito pouco visível e que, provavelmente, uma boa parte dos eleitores não é capaz de reconhecer como essencial, exceptuando-se aquei aqueles que, necessitando se um serviço, se confrontam, dias a fio, com a indisponibilidade deste, podendo ocorrer em situações complexas e perdas em consequência do atraso verificado.
Quem procede a este tipo de ataques, cada vez mais profissionalizados e, em muitos casos, apoiados pelos Estados de onde estes ataques são originários, tem a noção exacta das vulnerabilidades dos alvos e do maior ou menor investimento na segurança, escolhendo, naturalmente, de acordo com a facilidade de acesso e a importância da informação, sendo certo que objectivos menos protegidos, mesmo que de menor importância, são sempre tentadores.
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