terça-feira, dezembro 24, 2024

Inspecção da IGAS detecta falhas no INEM - 2ª parte

Infelizmente, parte das verbas destinadas ao INEM tem sido retida, tendo sido utilizada para compra de títulos de dívida, o que melhora as contas públicas, pelo menos de forma aparente, mas sacrifica o funcionamento do Instituto, com todas as consequências que já se conhecem, ou seja, o Estado sacrifica a segurança dos seus cidadão para maquilhar as contas públicas.

Verificam-se problemas graves a nível dos veículos destinados ao socorro, com 80% da frota a ser anterior a 2015, do que resulta a necessidade de um maior dispêndio em reparações e manutenções, cada vez mais onerosas, sendo que, actualmente, perto de um terço da frota, composta por 600 viaturas, está imobilizada, com consequências gravosas para o socorro.

Os veículos do INEM são operados em situações complexas, submetidos a um grande desgaste, pelo que o degradar é mais rápido do que um veículo numa utilização mais normal e a necessidade de uma condução rápida e segura implicam que as condições sejam equiparáveis às de um veículo em estado novo, o que complica qualquer processo de recuperação durante as manutenções e reparações, tornando-as mais morosas.

Para além do mau investimento feito em veículos usados, a não abertura atempada de concursos de aquisição de veículos novos vai atrasar o processo de substituição, que, após contratualizados, terão que ser convertidos de acordo com as especificações do INEM, do que resulta uma inevitável demora, sendo óbvio que, durante esse período, se irá assistir a uma degradação e redução do parque existente.

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