segunda-feira, maio 12, 2025

Governo avalia substituição do SIRESP - 1ª parte

Há muito que o SIRESP falha durante as situações mais críticas, por vezes antes de as redes de comunicações comerciais falharem, sendo comum o recurso a telemóveis particulares quando a rede de emergência, que, supostamente, seria a mais fiável, colapsa ou quando o seu desempenho, como resultado de um volume de tráfego elevado, deixa de responder adequadamente.

A falhas do SIRESP são muitas, algumas bem conhecidas, como consequência das tragédias que decorreram na altura da falha, enquanto outras, por destas não terem resultado factos graves, são genericamente ignoradas pelo público, sem que daí decorra que uma falha deste sistema, independentemente do que disso resulte, é sempre da maior gravidade.

Entre falhas generalizadas e a impossibilidade de usar os serviços, sendo esta última a situação mais frequente, da qual resulta que, não havendo um colapso, a rede fica indisponível em termos práticos, impedindo comunicações atempadas durante períodos críticos, o historial do SIRESP é, essencialmente, composto por problemas, gastos avultados e mau desempenho, com as funcionalidades a serem mais limitadas do que as oferecidas por qualquer operador comercial.

Se na altura da adjudicação o SIRESP, apesar de algumas limitações, podia ser aceite em termos de funcionalidades, com o passar dos anos e as crescentes exigências dos utilizadores, que necessitam de aceder a novos recursos, disponíveis noutras redes, aponta para a sua obsolescência e para a necessidade de substituição de uma plataforma que nunca provou a sua valia.

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