O recente apagão, com colapso sucessivo das comunicações, ao incluir neste conjunto o SIRESP, que devia ter a capacidade de manter as comunicações de emergência activas, veio expor uma situação da maior gravidade, podendo assinalar o início do processo de subsituição de um sistema no qual o Estado terá investido 700.000.000 de Euros ao longo de anos, sem que daí resultasse uma verdadeira contrapartida funcional.
Naturalmente, também as operadoras comerciais terão que rever as respectivas redes de comunicações, sendo inaceitável que, após meia dúzia de horas sem energia, fosse impossível comunicar em extensas zonas do País, o que deixa antever que, face a uma falha eléctrica mais prolongada, todas as redes de comunicações colapsassem na sua totalidades.
Actualmente, estão disponíveis redes e terminais de satélite fiáveis e por preços acessíveis, será quase certo que este tipo de funcionalidade estará disponível em telemóveis comuns de gama alta, mas progressivamente implementada em modelos menos dispendiosos, num futuro previsível, pelo que existem alternativas ao SIRESP que não implicam um desenvolvimento tecnológico ou implementações morosas a que acrescem testes e afinações prolongadas.
A experiência na frente de combate na Ucrânia com os terminais Starlink demonstra que é possível implementar redes de comunicações fiáveis, seguras e resilientes de forma simples e rápida, com o conceito a poder ser adaptado e transferido para outras geografias e utilizando outros recursos, concretamente os que são fornecidos por outros operadores, cuja dependência de interesses exteriores seja menor.
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