sexta-feira, maio 16, 2025

Governo avalia substituição do SIRESP - 3ª parte

Naturalmente, uma solução semelhante à da Starlink, mas com base europeia e, preferencialmente, com participação nacional, seria a mais adequada, desde que os custos e funcionalidades se revelem adequados, sendo óbvio que a Comunidade Europeia devia, desde há muito, dispor de um sistema de emergência deste tipo extensivo a todos os países membros, o que teria vantagens adicionais em termos de interoperabilidade e complementaridade, reduzindo custos nacionais e facilitando a intervenção de contigentes europeus noutos países.

Existem, desde já, soluções alternativas à Starlink, proporcionadas por operadores privados que oferecem serviços via satélite, mas estas não substituem um serviço prestado por uma agência europeia, com as valências e funcionalidades acordadas entre os vários países que pretendam aderir, capaz de proporcionar uma continuidade do serviço mesmo quando circunstâncias imprevisíveis limitem operadores comerciais.

Quando a Comissão Europeia fala da resposta em situações de crise, propondo várias soluções para os cidadãos, uma resposta comum mais sólida na área das comunicações de emergência fará todo o sentido, unificando sistemas nacionais, integrando-os numa solução comum que permita uma evolução para uma partilha de meios de socorro e de defesa na Europa.

Independentemente da solução que venha a ser escolhida em termos concretos, esperamos que esta se apoie numa base tecnológica adequada, devidamente testada, que possa ser implementada de forma simples, evitando complexidades que tipicamente geram incertezas, e que o custo seja controlável, evitando as constantes surpresas financeiras que o SIRESP sempre reservou.

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