quarta-feira, maio 07, 2025

O apagão dos descontos - 4ª parte

Relativamente ao SIRESP, já comentamos inúmeras vezes a qualidade e disponibilidade de uma rede de emergência que tende a falhar quando é mais necessária e que se revela um sorvedouro de dinheiros públicos sem que as contrapartidas justifiquem um investimento desta monta numa plataforma obsoleta, cujas funcionalidades são tão escassas que a maioria de nós a recusaria para utilização particular.

No respeitante às comunicações proporcionadas pelas operadoras comerciais, a falha destas era expectável, ocorrendo à medida que as baterias que alimentam os nós da rede ficassem descarregadas, o que veio a acontecer passadas poucas horas, compromentendo as comunicações a nível nacional, incluindo voz e dados, o que é, a todos os títulos, completamente inaceitável.

A ANACOM já veio lamentar o sucedido, salientando que as operadoras falharam, pelo que esperamos que esta autoridade determine quais as medidas a implementar, que podem passar pela obrigatoriedade da instalação de geradores num conjunto de nós da rede que permitam, mesmo que com degradação do desempenho e comprometimento de algumas funcionalidades, manter o mínimo de comunicações exigíveis para a segurança das populações.

É de notar que, a partir do momento em que não há redes activas, se torna impossível efectuar pedidos de socorro, reportar acidentes ou estabelecer outras comunicações urgentes e das quais pode depender a vida humana, pelo que é imperioso rever urgentemente a rede de comunicações, impondo condições aos operadores que, todos sabemos, têm lucros fabulosos que não correspondem a uma excelência do serviço prestado.

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