sexta-feira, outubro 03, 2008

Inflação e deflação dos números - 1ª parte


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Bombeiro no combate às chamas num automóvel

A maioria dos dados referentes a áreas queimadas são fornecidos pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), sendo estes considerados oficiais, mesmo quando podem ser dificilmente críveis dada a forma como são recolhidos.

Em termos de ocorrências, a fonte oficial é a Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), através da adição dos números enviados pelos comandos distritais, os quais, por sua vez, se baseiam em dados das várias corporações e dos contactos directos através dos números nacional de emergência, 112, ou de incêndios florestais, 117.

Destas duas entidades, DGRF e ANPC, cuja cúpula é de nomeação política, acabam, portanto, por fornecer os dados oficiais, normalmente pouco contestados, sobre os quais se elaboram as várias teorias sobre questões tão diversas como o impacto ambiental dos incêndios ou a eficácia no combate, as quais, podendo basear-se em dados ou indicações erradas, deficientes ou mesmo enganadoras, muitas vezes chegam a conclusões erradas.

Em primeiro lugar, é bom recordar que os dados relativos à área florestal existente são pouco seguros e que ninguém sabe exactamente a extensão real desta área, pelo que se recorrem a meras estimativas provenientes de somatórios fornecidos por entidades distintas, onde omissões ou duplas contabilizações são a norma geral.

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