domingo, setembro 28, 2008

Novos helicópteros do INEM só em 2009


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Um helicóptero do INEM durante uma missão de socorro

Continua a estar previsto para 2009 a instalação dos novos helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no Alentejo, Trás-os-Montes e Beira Alta, não obstante o parecer técnico contrário a esta opção.

Estes meios vêm adicionar-se aos de que o INEM dispõe e que incluem os dois helicópteros estacionados no aeródromo de Tires, no concelho de Cascais, e no Hospital Pedro Hispano, no de Matosinhos, bem como o da Protecção Civil, baseado em Santa Comba Dão, disponível durante o período noturno.

A este investimento, acrescem os custos de 1.500.000 de euros num novo sistema informático, que inclui suporte para o Sistema de Posicionamento Global, comummente designado por GPS, tendo sido já instalados receptores em 122 viaturas, que incluem 82 ambulâncias e 40 Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER).

No entanto, o sistema de GPS ainda não está operacional, faltando ainda uma validação cuja data o INEM ainda desconhece, mas que é essencial para a entrada em serviço deste sistema de orientação que pode também, com a infraestrutura adequada, permitir o seguimento das viaturas onde esteja instalado.

A instalação dos helicópteros resulta de um compromisso político, assumido como contrapartida do encerramento de unidades de saúde nas regiões onde serão baseados, e não de um estudo técnico que apontasse no sentido da disponibilização deste tipo de meios como uma alternativa viável, capaz de compensar o aumento das distâncias a percorrer pelos meios de socorro.

Será, obviamente, de equacionar, com o acordo dos autarcas envolvidos, se a instalação de um maior número de VMER ou de outros meios em substituição dos helicópteros, ou mesmo a reabertura de serviços, não servirá melhor as populações e resultará, inclusivé, num menor custo para o Estado, evitando assim quer um erro técnico, quer a quebra de uma promessa que, mesmo que absurda, resulta sempre na perda de confiança por parte das populações.

Esta opção negocial será, eventualmente, a saída possível e o compromisso aceitável que permita a defesa dos vários interesses, dando sempre especial prioridade à defesa intransigente da segurança das populações, factor essencial para que existam condições de desenvolvimento nas regiões onde estes meios aéreos deveriam ser instalados.

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