sábado, outubro 04, 2008

Fogos continuam em Outubro: uma abertura à profissionalização


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Um incêndio florestal

Um incêndio no concelho de Monção, distrito de Viana do Castelo, consumiu mais de oito hectares de pinhal e obrigou à mobilização de cinquenta bombeiros apoiados por 12 viaturas.

O incêndio começou pelas 17:56 e ficou circunscrito às 20:15, tendo-se aproximado de três habitações, que chegaram a estar em perigo, tendo a causa sido atribuda a fogo posto.

Outro fogo, este em Bragança, eclodiu às 19:15 e foi dado como circunscrito pelas 20:40, após ter sido combatido por 22 bombeiros apoiados por cinco viaturas, faltando ainda fazer uma estimativa da área ardida e averiguadas as causas do incêndio.

Após o termo da "Fase Charlie", do que decorreu uma substancial redução de meios, nota-se que os fogos continuam a níveis idênticos aos das semanas anteriores, como resultado da manutenção do tempo quente e seco, agravado pela desmobilização de meios que aumenta o esforço de várias corporações.

A menor defenição das estações do ano que se tem verificado durante os últimos anos, com uma diminuição das temperaturas médias durante os Verões, mas um prolongar do tempo quente e seco pelos meses de Outubro e mesmo de Novembro, tem contribuido para controlar os fogos, diminuindo a área ardida e o número de ocorrências, mas obrigará a uma distribuição de meios ao longo do ano.

Assim, será de equacionar uma diminuição de meios durante o Verão, aumentando os que estão disponíveis nas restantes estações do ano, sendo que a um maior nivelamente corresponde uma maior facilidade de gestão e o recurso a um maior número de profissionais, já que o nível de mobilização ao longo do ano justificará contratações de pessoal em regime de permanência que substituirá a actual tendência para a sazonalidade.

As alterações na distribuição do número de ocorrências em termos de incêndios florestais e as novas necessidades resultantes da reestruturação da rede de urgências deve ser aproveitada para repensar o socorro e a protecção civil em Portugal, apontando no sentido de uma maior profissionalização e na criação de estruturas distritais mais sólidas, com recursos próprios geridos e operados por profissionais, apostando numa maior formação e em perspectivas profissionais que tornem convidativa e aliciante uma carreira neste sector essencial para a segurança das populações.

1 comentário:

Reinaldo Baptista disse...

Profissionalisaçâo em que moldes