O enforcamento é o método de suicídio mais usado
Esta tendência europeia, que aponta para um total de 54.3% de suicídios por enforcamente entre os homens e de 35.6% entre as mulheres é seguido de perto pela realidade nacional, com 52.3% e 32.5% respectivamente, segundo dados do estudo "Métodos de Suicídio na Europa", que decorreu nos países que compõem a Aliança Europeia contra a Depressão.
Apenas na Suíça o método de suicídio principal é o recurso a armas de fogo, facto compreensível dada a existência destas em grande parte dos lares, como consequência da estrutura militar helvética que implica que cada cidadão, como militar na reserva, tenha à sua guarda o respectivo armamento e uma reserva de munições.
O caso suiço encontra paralelo dentro das forças de segurança, onde só este ano, durante o qual se tem verificado um número particularmente alto de suicídios, com um total de onze até agora, dos quais quatro recebiam acompanhamento psicológico, verificando-se que o método escolhido foi, preferencialmente, o recurso a arma de fogo, dada a eficácia, rapidez, ausência de sofrimento e, por razões profissionais, disponibilidade imediata e facilidade no uso.
Nos outros países europeus o recurso a armas de fogo surge em segundo lugar entre os homens para o suicídio, enquanto as mulheres escolhem, após o enforcamento, a ingestão de medicamentos, sendo excepção Portugal, onde este método é substituido pelo afogamento.
Mais uma vez, a existência de meios, como, no caso nacional, de uma grande orla marítima, acaba por ser determinante na escolha do método de suicídio, que incluem também o envenenamento, o salto a partir de pontos altos ou o atropelamento intencional.
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