sexta-feira, outubro 10, 2008

Enforcamento é o método de suicídio mais usado na Europa - 3ª parte


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Uma corda com o nó típico de enforcamento

A maior descrição terá uma maior incidência em países onde a cultura e a tradição de origem judaico-cristã condena o suicídio, sendo lógico que se verifique uma tendência para evitar um estigma que, para muitos, ainda compromete a própria honorabilidade do suicida e da própria família, levando a situações dúbias em que pode surgir a simulação de um acidente.

Podemos concretizar lembrando que, ainda recentemente, houve sacerdotes que recusaram um funeral católico a um suicida, sendo que esta situação, numa comunidade pequena e profundamente religiosa, tem um impacto significativo em todos os habitantes.

Da simulação, que terá diversos pressupostos, inclusivé do ponto de vista prático, como questões relacionadas com seguros, resulta uma óbvia sub-avaliação do número de casos, sobretudo quando da actividade profissional do suicida resulte o fácil acesso a conhecimentos e meios, como fármacos, que permitam esconder a verdadeira natureza do acto praticado.

Somos, assim, tentados a concluir que existe uma "cifra negra", indetectada, associada a um conjunto de métodos que distorce os resultados do estudo e diminui o número de casos de suicidios constantes nas estatísticas quando comparados com os valores reais que, em diversas profissões, tenderão a ser francamente mais elevados do que aqueles que são oficialmente reconhecidos.

Queremos recordar que abordamos a questão do suicídio num conjunto de textos que abordam a questão da dissuação e a maior incidência em determinadas profissões, algumas das quais estão devidamente avaliadas em termos de risco e de estatísticas, como o caso das forças de segurança, enquanto outras, como aquelas que estão ligadas à assistência médica e ao socorro, permanecem algo ignoradas e os seus profissionais muitas vezes desacompanhados.

A prevenção do suicídio faz-se, obviamente, trabalhando a nível das causas e das motivações, não dos meios ou das circunstâncias, as quais, salvo em caso de internamento, dificilmente se podem controlar com a eficácia necessária para evitar a concretização deste acto.

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