O recurso a comprimidos é tipicamente feminino
Apesar de alguns estudos nesta área, não existe um acompanhamento efectivo e profissional de muitos dos que desempenham missões na área do socorro, os quais se deparam quase diariamente com situações limite, onde o sofrimento e a morte estão normalmente presente, agravados pelo um risco inerente ao desempenho da sua própria profissão.
Da falta de acompanhamento tem resultado um alarmante número de suicídios entre elementos das forças de segurança, mas no respeitante a quem trabalha na área do socorro, não obstante o risco atribuido a estes profissionais por especialistas internacionais, os números são desconhecidos, facto que tanto pode indicar que em Portugal, ao contrário do que se passa nos Estados Unidos, a incidência é baixa ou que, pura e simplesmente, é algo que não é devidamente contabilizado.
Manter ao serviço quem possa estar numa situação de depressão, mesmo que pouco evidente, levará a um agravamento do estado de saúde físico e mental, colocando em risco sério quem pretende continuar a dar aos outros o que já não chega para sí.
Mesmo admitindo que, numa fase inicial, a permanência numa missão de serviço dos outros pode ser positiva e recompensadora, cremos que, a médio prazo, se estará a pedir a alguém para dar mais do que pode dar, agravando a sua situação ao dar origem a mais um motivo de angústia resultante do temor de não correspender ao esperado.
Não pretendemos, logicamente, substituir um aconselhamento profissional, mas alertar para os riscos de suicídio acrescidos por parte de quem desempenha um conjunto de missões ou de profissões, dando algumas pistas sobre os factores que podem incrementar o nível de risco, de modo a que responsáveis ou supervisores, caso surjam alguns sinais de alerta, tomem rapidamente as necessárias decisões, protejendo quem possa estar numa situação de potencial perigo.
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