terça-feira, maio 06, 2008

Central de compras e padronização de meios - 2ª parte


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Incêndio em Portugal

É de salientar que a falta de padronização, para além dos encargos em termos de treino, dificultam a coordenação dos meios, enfrentando os comandos a necessidade de destrinçar o que está por debaixo de uma designação universal e que, objectivamente, pode corresponder a modelos distintos em termos de capacidade e de operacionalidade.

Por outro lado, as vantagens para as próprias corporações são evidentes, ao verem transitar para os CDOS a propriedade e os encargos resultantes das viaturas que utilizam, muitas delas de forma tipicamente sazonal, como as de combate aos incêndios, mas cujas despesas são permanentes durante todo o ano.

Também o facto de determinadas viaturas de socorro poderem ser atribuidas, por exemplo, a corporações sedeadas em áreas urbanas durante a maior parte do ano e confiadas a corporações de zonas onde a população aumenta durante as férias, permite a sua maior rentabilização, sobretudo se a padronização dos meios adquiridos dispensar qualquer treino adicional das tripulações.

Obviamente, consideramos que os equipamentos adquiridos pelas corporações através de recursos próprios ou das associações humanitárias, serão sempre propriedade das mesmas, as quais terão autonomia para escolher os modelos que consideram mais adequados, sempre sem deixar de ter em conta que existem vantagens na selecção de um dos modelos aprovados a nível nacional, e que uma central de compras, para além de fornecer o Estado, deverá estar aberta a colaborar nas aquisições das associações.

A complementaridade entre meios e efectivos propriedade ou atribuidos às corporações e os que dependerem directamente dos CDOS, é uma das apostas que consideramos mais eficazes em termos organizativos, podendo ser mais eficaz do que a instituição de equipas permanentes a nível das corporações, que terão sempre dificuldades em gerir o escasso número de efectivos, sobretudo se desdobrados por diversas escalas de serviço.

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