terça-feira, outubro 07, 2008

Incêndios aumentam em Outubro


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Um incêndio florestal

Sábado passado registaram-se em Portugal perto de 200 incêndios florestais, um valor superior à média diária de 81 ocorrências que se verificou desde o dia 16 de Setembro e que tem vindo a subir nos últimos dias, passando para 111 fogos na quinta-feira e 113 na sexta.

Segundo dados da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), durante o sábado participaram nas operações de combate aos fogos 1.872 bombeiros e 477 viaturas.

Neste período, designado por "Fase Delta", que se prolonga até 15 de Outubro, considera-se que o risco de incêndio é fraco a moderado, estando integrados no dispositivo um total de de 3.952 elementos, 917 veículos e 26 meios aéreos.

Este foi, de certa forma como aconteceu em 2007, um ano em que o número de ocorrências de de área ardida foi muito inferior à média ds últimos anos, facto que já analisamos mesmo perante números provisórios, mas nota-se que a distribuição dos meses ao longo do ano, mais uma vez, voltou a ser atípica, com maior incidência nos meses que se seguem ao Verão.

Recordamos que o ano passado, o mês com maior número de ocorrências e em que se verifiou uma maior área ardida foi o de Novembro, algo que contraria o que se passou nos anos anteriores e que decorrerá de alterações climáticas, com o prolongar do tempo quente, e da diminuição de efectivos disponíveis, criando assim situações de maior pressão derivada da escassez e dispersão de meios.

Após um primeiro ano, o de 2007, em que se verificou uma distribuição diferente dos fogos ao longo do ano, a calendarização devia ser revista ou flexibilizada, de modo a que os meios estejam distribuidos de forma mais uniforme até Outubro ou mesmo até Novembro, e diminuindo a excessiva concentração numa "Fase Charlie" que parece hoje ter menos impacto do que no passado.

A distribuição mais uniforme dos fogos e, consequentemente, das necessidades de efectivos, eliminando parcialmente os picos do Verão e a época de Inverno, onde o número de ocorrências tem aumentado, permite equacionar uma diminuição da sazonalidade, a qual obrigava a contratações temporárias, as quais devem ser preteridas a favor de laços laborais mais permanentes.

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