quarta-feira, outubro 08, 2008

Inflação e deflação dos números - 2ª parte


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Bombeiro durante um simulacro

Existe, seguidamente, uma vertente política, que podemos associar essencialmente a propaganda partidária, a qual visa fazer passar uma mensagem que, dependendo de uma envolvência e de circustâncias específicas, pode ver vantagem em diminuir ou aumentar seja a área ardida, seja a distribuição das causas dos fogos, conforme seja mais favorável atribuí-los a actos criminosos, mera negligência ou a causas indeterminadas.

Neste aspecto, o caso do fogo posto, considerado como negligente ou doloso, mas sempre por acção humana, ganha um especial destaque, dado que este é um tipo de situação para o qual a prevenção, pensada essencialmente para incêndios derivados de causas naturais, ou mesmo a eficácia no combate enfrentará maiores dificuldades, ficando na opinião pública uma sensação de imprevisibilidade e de impotência que iliba as entidades responsáveis.

Aliada a dados imprecisos, cujas confirmações via satélite demoram o suficiente para que as notícias tenham perdido actualidade e escapem ao escrutínio da opinião pública e do próprio debate político, onde a falta de objectividade e a responsabilidade repartida comprometem uma análise que resulte na correcta descrição de toda esta problemática e no perspectivar de soluções realistas, devidamente adaptadas à realidade nacional.

Também questões relacionadas com seguros, que não contemplarão, por exemplo, intencionalidade, bem como verbas comunitárias, que poderão variar conforme as causas, as quais tenderão a ir ao encontro dos interesses governamentais, em primeiro lugar, e dos proprietários, quando estes não entrem em conflito com os primeiros, vão ditar a forma como as parcelas serão distribuidas em função de um total que será mais difícil de alterar por ser verificável, mesmo que com alguma margem de erro, através de imagens de satélite.

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