sábado, julho 30, 2011

Área ardida no 1º semestre quase triplicou relativamente a 2011 - 3ª parte

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Um Canadair combate um incêndio florestal em Portugal

Naturalmente que área ardida em 2011, mesmo nas previsões mais pessimistas, não se aproximará dos valores de 2003 e 2005, que consideramos irrepetíveis face às alterações que se verificaram desde então, como descontinuidades, ou a maior eficácia do dispositivo, mas não deixa de ser preocupante caso se verifique um aumento relativamente ao ano anterior, algo que viria repetir a situação do ano passado.

Caso tal aconteça, depois de anos em que a área ardida tem vindo a diminuir, 2010 e 2011 inverteriam esta tendência, facto que justifica uma reflexão profunda por significar que a anterior evolução inclui factores conjunturais e não estruturais.

Agrava a situação de 2011, uma substancial diminuição do número de meios aéreos, mas também a falta de verbas para prevenção, um menor apoio aos meios adstritos ao combate, nomeadamente a nível de voluntários, particularmente vulneráveis a situações de crise económica, e a factores complexos, como a nova vaga de emigração que se verifica em largas zonas do país.

Não estão ainda contabilizados os dados resultantes dos fogos destes últimos dias, que sabemos virem aumentar substancialmente o total ardido, mas perante a sitaução actual começa a tornar-se manifesto que a opção de reduzir meios pode traduzir-se num preço final que em muito excede a suposta poupança que se pretendeu obter.

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