Um incêndio florestal em Portugal
É manifesto que a ideia de proteger uma área florestal tornando-a inacessível, impondo severas restrições à circulação, taxando acessos, limitando o número de visitantes e, no limite, acabando com o seu usufruto e sustentabilidade, mesmo a nível económico, é absurdo e contraproducente.Desde que a legislação, bem como diversas iniciativas, diminuiram o número de visitantes, bem como as acessibilidades do PNPG que a gravidade dos fogos aumentou, sendo manifesto que não são os cidadãos cumpridores, mesmo que furtuitamente, os responsáveis pelos incêndios que aí ocorrem.
Em contrapartida, incendiários e outros criminosos vêm a sua acção duplamente facilitada, podendo circular com menor probabilidade de ser detectados, em zona quase desertas, enquanto os resultados das suas acções são potenciados pela acrescida dificuldade de combater os fogos, detectados mais tardiamente em locais onde os acessos dificultam em muito o combate às chamas.
Torna-se difícil entender que algo de tão óbvio para o observador comum, e que os dados estatísticos confirmam plenamente, não leve a uma alteração das opções anteriormente tomadas, as quais para além de limitar o usufruto de um património que a todos pertence, o condena a uma situação de insustentabilidade e de alto risco, que em muito diminui o seu valor e compromete a sua própria existência.
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