Naturalmente que tal dependeria sempre das cláusulas do contrato, tal como das circunstâncias do acidente, bem como das qualificações do piloto, mas todo o processo esteve oculto por uma política de secretismo, com os dados a serem omitidos ou escamoteados, de forma a que dificilmente se apurasse a verdade, mesmo nos inquéritos oficiais instaurados para o efeito.
Portanto, a falta de seguro desta empresa não é novidade, tal como não o são os vários artifícios destinados a permitir a operação dos meios em regime de excepção ou mesmo de ilegalidade, facto ainda mais óbvio quando esta concorria contra operadores privados, os quais eram obrigados a suportar todos os encargos decorrentes da sua actividade comercial.
Não obstante estas supostas vantagens, a má gestão e o enquadramento da EMA não impediu que esta se tornasse num encargo para o Estado, incapaz de promover o equilíbrio financeiro e a operacionalidade de um conjunto de meios particularmente importantes e dispendiosos, considerados essenciais num conjunto alargado de missões de socorro e de manutenção da ordem pública.
Com o fim determinado desde Abril e agendado para Outubro, altura em que os meios irão transitar para a Autoridade Nacional de Protecção Civil, a EMA continua envolta no mesmo tipo de polémica que presidiu à sua criação, vítima de uma perversa mistura entre interesses públicos e privados e de uma gestão incapaz de contornar os inúmeros problemas que surgiram ao longo da sua vida.
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