A redução de efectivos nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) tem resultado em tempos de espera e dificuldades de atendimento via 112 que, na região de Lisboa, chegaram a atingir os 40 minutos, o que implica um atraso no socorro por parte dos meios do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), mesmo que estejam disponíveis e seja possível activar de imediato os meios adequados.
Os atrasos na resposta dos operadores dos CODU já ocorreram no passado, em consequência do número de efectivos disponíveis e da própria plataforma de comunicações, com um elevado número de chamadas a serem perdidas ou a não serem atendidas, seja por demora na resposta, seja porque, com o avolumar de chamadas em espera, as linhas ficam impedidas.
Não se justifica abordar as consequência da demora no socorro, por serem demasiadamente intuitivas e de óbvia previsibilidade, mas a responsabilidade objectiva pelo facto e do que deste resulte, têm uma óbvia implicação a nível da confiança que os deve ter o sistema de socorro como parte dos serviços básicos a que o Estado se compromete e obriga.
A centralização do sistema de socorro tem óbvios benefícios em termos de coordenação, gestão e racionalização de meios, permitindo uma resposta mais adequada e atempada, essencial sobretudo desde que foram encerrados numerosos serviços de atendimento no Interior e nas zonas mais remotas do País, mas esta opção implica, naturalmente, a existência e prontidão de meios que proporcionem uma resposta rápida em situações em que o tempo de intervenção é determinante para o resultado.
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