Da escassez de notícias, da superficialidade dos conteúdos ou do seu posicionamento dentro do alinhamento dos noticiários e jornais, transparece a ideia de que este é um problema menos grave, que pode ser secundarizado, e cujas consequências serão negligenciáveis, reaparecendo apenas quando algo de particularmente chocante ocorre, altura em que é recuperado, momentaneamente, algum tipo de protagonismo.
O equilíbrio correcto a nível da informação é complexo, não existindo fórmulas mágicas, sendo nossa convicção que o relato das ocorrências, incluindo comentários, estatísticas e outros dados, não incentivam o incendiarismo, ao contrário da divulgação excessiva de imagens das chamas, que estimula o desejo de protagonismo de criminosos comuns e doentes, que, sofrendo de diversas patologias, cometem crimes para os quais encontram justificação.
Tal implica jornalistas especializados, que, para além da formação necessária, conheçam em profundidade esta problemática e acompanhem a questão dos fogos ao longo de anos, abrangendo não apenas a vertente operacional, mas toda a envolvência, particularmente complexa e condicionante das operações no terreno.
Obviamente, isto é incompatível com o recurso, tantas vezes abusivo, a estagiários ou contratados a prazo, cuja falta de experiência, de conhecimentos práticos e de contactos, inerentes à grande rotação destes profissionais, resultando em notícias e reportagens desenquadradas, feitas de planos dispersos, das quais é quase impossível extrair um conjunto de informações relevantes que permitam tirar conclusões.
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