No entanto, e apesar deste conjunto de factores que resumimos, e omitimos outros, por demais conhecidos, será nos condutores que devemos concentrar a nossa atenção, por ser o desempenho destes o factor mais decisivo e com maior impacto a nível da sinistralidade rodoviária que, no fundo, pode apenas ser uma extensão do estado da sociedade.
Em paralelo com a sinistralidade rodoviária, assitimos ao aumento de um conjunto de crimes graves, ao desagregar de segmentos do tecido social, à degradação do nível de vida de inúmeros concidadãos, a um estado depressivo que é verificável pelo aumento de vendas de medicação específica ou à falta de cuidados a nível da saúde mental, o que permite enquadrar esta realidade meramente viária num enquadramento mais abrangente, onde a multiplicidade de factores concorrem num mesmo sentido.
É impossível, incorrecto e inaceitável analisar a sinistralidade rodoviária desligada de um extenso conjunto de factores que contribuem para a sua evolução, positiva ou negativa, e que, em muitos casos, evoluem de forma paralela, de forma directa ou inversa, sem o que qualquer análise, inevitavelmente, falha a nível das principais causas, optando muitos comentadores por colmatar estas lacunas com lamentáveis especulações.
Em noticiários recentes, as análises de especialistas no sector têm-se revelado superficiais, demasiado parciais e omitindo factores essenciais, muitas vezes fazendo uma extrapolação da realidade europeia, completamente diferente da de um País que atravessou uma recessão, resultando em erros, omissões ou imprecisões, capazes de induzir em erro muitos telespectadores.
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