Com a entrada no mês de Agosto e a subida das temperaturas, verifica-se um aumento do número de ignições, maior dificuldade no combate, com o dispositivo invitavelmente a começar a operar mais perto dos limites, com uma cada vez maior dispersão para controlar o crescente número de ocorrências e o cansaço a limitar a eficácia e aumentar o nível de risco.
Assim, o aumento do número de acidentes verificado seria de esperar, com esta tendência a manter-se, e a agravar-se, até que condições climatéricas mais favoráveis determinem alguma acalmia, essencial para um necessário, e merecido, repouso, mas também para os ajustes e manutenções necessárias para que o dispositivo seja mantido na sua máxima força durante o período crítico, cuja extensão real tem ultrapassado a que é calendarizada.
Com numerosos autarcas a atribuir causas criminosas, leia-se incendiarismo, aos fogos, observando os cenários dos incêndios, é patente a falta de prevenção, os matos encostados a edificações ou a invadir a rede viária, ou a manifesta falta de acessos, pelo que o crime que imediatamente se detecta corresponde ao não cumprimento do disposto na lei no respeitante à prevenção, que parece ignorada pela generalidade, que rapidamente menciona a falta de recursos como justificação para a sua ausência.
Manifestamente, a falta de prevenção, reconhecida por diversos autarcas, sem que qualquer responsabilidade pelo facto seja assumida, mas que envolve outras entidades, nomeadamente quem tem o dever de inspeccionar e verificar de a legislação é cumprida, é um factor que contribui de forma muito substancial para o aumento da área ardida, sem se encontrar entre as suas causas primárias, que resultam de questões estruturais e do ordenamento do território, factores que resultam de decisões tomadas num nível muito superior.
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