Mesmo alguns apoios prometidos, sobretudo a nível de subsídios, que compensam pela falta de pastagens e algumas perdas de rendimentos, não resolve, apenas atenua a gravidade do problema no sector primário, que, cumulativamente, se tem deparado com a perda de rendimento resultante das grandes extensões florestais devastadas pelos fogos, sendo que a combinação dos vários factores, quando combinados, potenciam-se mutuamente, tendo efeitos complementares particularmente graves.
É óbvio que uma seca é algo que escapa ao controle dos decisores, mas cabe-lhes adoptar as medidas preventivas que minorem os inevitáveis impactos negativos, as quais não passam, como assistimos, ao simples controlo dos consumos de água, ou mesmo ao seu racionamento ou proibição de uso num conjunto de actividades, mas pela implementação de redes de armazenamento e na rigorosa verificação dos caudais, nomeadamente aqueles que são provenientes de cursos de água transfronteiriços.
Consideramos que esta última vertente tem sido descurada, sendo manifesto que os caudais nem sempre correspondem ao acordado, com a água de rios com nascente em Espanha a ser desviada através de transvases ou retida em barragens, com evidente prejuizo para a economia nacional e para a segurança e conforto das populações que mais dependem destes cursos de água.
Face às inegáveis alterações climáticas, a gestão da água, com especial atenção para os recursos hídricos, ganha uma excepcional importância, sendo um bem cada vez mais precioso, não apenas na medida em que é insubstituível e cada vez mais escasso, como pela sua influência decisiva na sustentabilidade de regiões cada vez mais extensas, o que deveria levar a antecipar cenários futuros, mesmo no muito longo prazo.
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