Apesar do nível de alerta, mais que justificável nalgumas zonas, sobretudo no Norte do País, dificilmente se pode estabelecer que todos os danos e acidentes verificados nestes dias resultam apenas do rigor das condições meteorológicas, tendo que se atribuir a acção humana grande parte da responsabilidade.
As consequências são múltiplas, tal como as causas, que resultam de uma extensa combinação de factores, alguns de muito fácil intuição, outros mais complexos, que resultam da interacção e potenciação múltipla de um conjunto de factores que concorrem para um mesmo fim, os quais, parecendo cada um pouco relevante ou mesmo inóquo, em conjunto revelam-se particularmente perigosos, revelando um grande grau de imprevisibilidade.
Com várias centenas de ocorrências reportadas e a requerer intervenção por parte das entidades ligadas ao socorro, na sua maioria como resultado de inundações, mas também para socorrer vítimas de acidentes rodoviários e mesmo de um descarrilamento ferroviário, estes dias de mau tempo têm vindo a provocar danos dificilmente justificáveis sem toda uma conjuntura desfavorável resultante da intervenção humana.
Nas inundações reportadas, que para muitos parecem inevitáveis, estão bem patentes as consequências da falta de ordenamento do território e da autorização para a realização de obras inadequadas, em locais e condições que comprometem a segurança de toda a área circundante, promovendo a acumulação de água, impossibilidade de ser escoada pelos múltiplos obstáculos que foram sendo edificados.
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