Esta é uma vertente completamente diferente, que não tem implicações apenas na sinistralidade rodoviária e implica um tipo de análise distinta, protagonizada por especialistas na matéria, de modo a separar áreas diversas e independentes, mas cuja intervenção num mesmo processo implica o estudo de ambas nas vertentes em que são relevantes.
Tal implica um trabalho moroso e complexo, para os quais são necessários meios, e que, face ao universo de ocorrências e à multiplicidade de factores, dificilmente pode ser efectuado por amostragem, pelo que a investigação de cada situação e consolidação dos dados obtidos surge como a única forma de, após a devida análise, permitir obter as devidas conclusões.
No entanto, sem todo este trabalho, pouco ou nada se pode extrair dos dados recolhidos ou das estatísticas que estes originaram, tornando-se impossível confirmar as verdadeiras causas, que podem estar distantes daquelas a que habitualmente são atribuidos os acidentes, tantas vezes de forma intuitiva, simplista e redutora, repetindo um discurso que, de tão desgastado, já ninguém escuta com um mínimo de atenção.
É lamentável que uma questão tão premente, que nos distancia de muitos outros países europeus, muitos dos quais investiram substancialmente menos nas redes viárias, optando por soluções diferentes e, provavelmente, mais eficazes e seguras, continue a ser discutida apenas em tom de lamento, sem qualquer objectividade, com o foco na repressão, que manifestamente não dissuade, sem que se perspective uma solução estrutural.
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