É de notar que o MAI recorre ao facto de estarem em curso processos judiciais para adiar decisões, sendo que neste caso parece não existir qualquer argumentação nem recursos legais que defendam um interesse público relevante, deixando que uma eventual solução dependa do ritmo da Justiça, conhecida entre nós pela sua exasperante lentidão.
Todo o processo relativamente aos Kamov se encontra hoje sob a alçada da Justiça, distribuído por vários processos, que incluem desde a aquisição e o funcionamento da EMA, que sempre denunciamos, passando pela adjudicação da sua exploração, onde surgem ligações ao caso dos vistos "Gold" e ao ex-ministro Miguel Macedo, e indo aos custos da manutenção e à degradação e falta de operacionalidade da frota.
Mesmo a substituição de meios, no caso dos AS350, onde modelos B3 foram substítuidos pelos B2, funcionalmente equivalentes tendo em conta o fim a que se destinam, mas de operação mais barata, não se traduziu por uma redução do valor contratual, representando assim um aumento do lucro para a empresa prestadora do serviço.
Toda a falta de transparência do processo, a transição de responsáveis políticos para empresas com interesse ou ligação a este caso, bem como o percurso inverso, a anulação de concursos e o célebre envio do caderno de encargos a um dos concorrentes por parte do ex-ministro Miguel Macedo, adensam as suspeitas sobre uma teia em que ligações entre os protagonistas parecem prejudicar seriamente o interesse público.
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