Subitamente, a palavra "ordenamento", normalmente como sinónimo de ordenamento florestal, surge como uma espécie de panaceia que irá resolver todos os problemas, evitando os fogos florestais, prevenindo-os, e quase dispensando um combate efectivo, tal a virtual inexistência de ocorrências dignas desse nome.
Muitos, desde especialistas a decisores políticos, parecem subitamente encantados com a descoberta desta palavra, mesmo que não lhe saibam dar conteúdo e, menos ainda, ter uma noção do que esta implica e dos passos necessários para proceder a um ordenamento eficaz, capaz de ter um impacto positivo no desenvolvimento de um país.
Talvez mais grave, muitos consideram o ordenamento do território como um fim em sí, e não como algo de instrumental, integrado num plano mais vasto e abrangente que implica ter uma visão estratégica e integrada do País não apenas nos dias de hoje, mas num horizonte de algumas décadas.
Sem uma ideia clara de um caminho a seguir, algo que implica estudo e a colaboração de especialistas em diversas áreas, com a capacidade de elaborar modelos, que podendo ser contraditórios entre sí, contribuirão conjuntamente para a elaboração de uma síntese, onde sejam consensualizadas ideias e conceitos que permitam modelar o país e a sua integração na Europa e no Mundo.
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