Assim, estamos diante de um valor médio que, sem ser complementado por outros dados, não revela toda a realidade, mas servirá de alerta para a degradação de um atendimento que deve ser quase imediato, em poucos segundos, e que tem evoluído de forma desfavorável e perigosa, requerendo soluções urgentes e não comissões que irão apresentar um relatório dentro de alguns meses, enquanto a falada contratação de 100 novos efectivos se vai arrastando no tempo.
O aumento do número de dispositivos móveis tem óbvias vantagens, permitindo accionar meios com maior prontidão, mas tem como inconveniente o facto de, ao contrário das linhas fixas, necessitarem de recursos diferentes para a sua correcta localização, sobretudo quando uma chamada seja efectuada por quem não está em condições de fornecer todas as informações necessárias e aumentar o número de chamadas, já que a mesma ocorrência pode ser reportada por múltiplas testemunhas.
A falta de geo referenciação das chamadas móveis, grande parte das mais de 1.200.000 de chamadas que originaram missões de socorro e que representa um acréscimo superior a 67.000 relativamente ao ano anterior, aumenta os problemas, principalmente quando existem dificuldades em obter dados exactos quanto à localização da ocorrência, prolongando a duração da chamada enquanto o operador tenta obter as informações necessárias.
Não nos iremos demorar sobre as causas, que passam pelo desinvestimento até alterações sociais, passando pelas substanciais alterações na pirâmide ectária das populações e a sua distribuição pelo território nacional, nem pelas alterações dos locais de atendimento, dado que a multiplicidade de factores que têm vindo a aumentar o período de espera são múltiplos e interagem entre sí, sendo que muitos deles foram previamente abordados.
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