A história do SIRESP, o Sistema integrado das redes de emergência e segurança de Portugal, é repleta de incidentes onde o aumento dos custos segue em paralelo com o avolumar de problemas, sendo cada vez mais óbvio que o investimento nunca teve o retorno esperado, com conhecidas falhas de cobertura e funcionalidade.
Recentemente, foi aprovado um investimento de 456.605.000 de Euros nas forças de segurança, incluindo a Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a dispender em tranches anuais de perto de 90.000.000 durante os próximos 5 anos, onde metade da verba se destina ao SIRESP, ficando o restante para outros equipamentos, com veículos, armamento ou instalações.
A aquisição de tecnologia, instalação de novas torres ou manutenção e aquisição de equipamentos surge como justificação para dispender esta elevada quantia, voltando a investir largas somas num sistema que se tem revelado um sorvedouro de dinheiro, num negócio que já custou centenas de milhões de Euros e cujo retorno oferecido pode valer uma pequena parte desta quantia.
É de notar que a Região Autónoma dos Açores não aderiu ao SIRESP, considerando que o seu desempenho é inadequado, e o facto é que as queixas são constantes e abrangem todo o território nacional, pelo que todos nos devemos interrogar quanto à valia do SIRESP e à opção de continuar a fazer investimentos de monta num sistema que nunca provou a sua valia e para os quais os operacionais muitas vezes procuram alternativas.
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