segunda-feira, julho 03, 2017

Um crime chamado SIRESP - 3ª parte

Só um teste que reproduza, tanto quanto possível, uma situação real limite permite extrair conclusões, corrigir erros e equacionar soluções, sendo certo que as limitações do SIRESP, não apenas na segurança e desempenho, infelizmente fracos, mas também nas escassas funcionalidades, dificilmente poderão corresponder às expectativas ou exigências de um utilizador profissional.

As funcionalidades do SIRESP estão completamente desfazadas da realidade tecnológica actual, onde a transmissão de diversos tipos de dados é absolutamente essencial, pelo que, para além das fragilidades existentes, as capacidades e versatilidade do sistema surge como incompatível com as necessidades dos dias de hoje, prejudicando seriamente todos quantos deles dependem e que, no limite, de forma indirecta, serão todos quantos se encontrem em território nacional.

A anunciada opção de investir outros 200.000.000 de Euros no SIRESP surge, portanto, como absurda, correspondendo a um óbvio desperdício, tão absurdo como tentar actualizar um veículo dos anos 70 e esperar que, à custa de um pesado investimento, este tenha características semelhantes às de um concebido na actualidade, algo que todos sabemo ser impossível e economicamente inviável.

Objectivamente, por muito que custe face aos enormes investimentos efectuados no passado, consideramos que será menos oneroso para o futuro assumir as perdas e dar por terminada a triste aventura do SIRESP, substituindo-o por um novo sistema, capaz de oferecer as funcionalidades exigíveis nos dias de hoje e possua a redundância necessária para que nele se possa confiar, algo que, na verdade, nunca acontecerá com o sistema actual.

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