Resta, portanto, encarar a necessidade de profissionalizar um maior número de efectivos, do que decorre um substancial aumento dos gastos, mas que, por outro lado, pode representar uma poupança face aos enormes custos dos meios aéreos, que poucos dias atrás cresceram novamente com a contratualização de mais horas de voo.
No entanto, entre a certeza dos custos fixos resultantes do pagamento a bombeiros profissionais e os custos variáveis, dependendo da situação operacional, imputados aos meios aéreos, parece-nos que a opção principal será por esta última vertente, muito embora possa haver algum tipo de investimento na primeira, que tem óbvias e inegáveis vantagens.
Uma maior disponibilidade de bombeiros profissionais facilita a prevenção, vertente onde existem maiores fragilidades, e cria novos empregos, diminuindo os encargos do Estado com subsídios, e redirecionando jovens para zonas do País mais envelhecidas, onde a chegada de novos habitantes terá um impacto positivo a vários níveis, contribuindo para uma restruturação social que oferece a possibilidade de impulsionar de forma favorável a economia local.
Sabendo-se que o problema dos incêndios nasce na estrutura social, económica e demográfica, qualquer medida com impacto positivo numa destas vertentes, só por sí, tenderá a minorar a problemática dos fogos nas zonas mais desertificadas do Interior, numa vertente mais estruturante e, portanto, mas definitiva do que se pode obter a nível do combate, por mais eficaz que este seja.
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