Passou quase meio ano após os incêndios que, em Outubro passado, devastaram grande parte do território nacional e, em vastas áreas, infraestruturas absolutamente essenciais, nomeadamente a nível de comunicações, não foram repostas, deixando as populações, sobretudo as mais idosas, particularmente vulneráveis.
Esta triste realidade permaneceu quase ignorada, inclusivé pelo poder político e pelas estruturas ligadas ao socorro até que surgiu a notícia de um falecimento resultante da impossibilidade de pedir socorro atempadamente, com o marido da vítima, já idoso, a deslocar-se dois quilómetros a pé para poder efectuar uma chamada telefónica.
Esta situação veio despertar o País para o que se passa em muitas zonas atingidas pelos fogos, onde as infraestruturas não foram repostas, com os diversos operadores a optar por soluções alternativas, nomeadamente à distribuição de telemóveis, em vez de proceder à dispendiosa reparação que permitiria repor a situação existente antes dos incêndios.
Não obstante a oferta por parte do operador de telemóveis, é inegável que os mais idosos sentem uma maior confiança nos telefones fixos, com que sempre lidaram e a cujo funcionamento se habituaram, sendo manifesto que desconfiam das novas tecnlogias, não apenas em termos de funcionalidade, mas também pelo receio de serem surpreendidos pelos preços das comunicações.
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