Desta forma, o preço a pagar pelos 27 helicópteros ligeiros e pelos dois aviões destinados a coordenação pode ser superior, como resultado do menor valor de outro lote, na esperança de que desta vez haja resposta para este conjunto de meios que, no primeiro concurso, não se revelou suficientemente atrativo para ter propostas por parte de eventuais forncedores do serviço.
O Governo espera, portanto, manter as mesmas 50 aeronaves, substituindo alguns tipos por outros, diminuindo o total de horas de voo e a disponibilidade de meios, como forma de manter respeitar o orçamento inicialmente previsto, o que representa comprar menos com o mesmo, uma opção alternativa a comprar o pretendido com maior dispêndio de verbas.
Com prazos muito apertados, dado que o concurso deve estar finalizado durante o mês de Abril e os meios estarem disponíveis a 15 de Maio, e como resultado da crescente escassez de meios disponíveis para alugar, o irrealismo do primeiro caderno de encargos terá como consequências o lançamento de um segundo concurso tardiamente, com os preços inflacionados pela menor disponibilidade e pela pressão do tempo, sendo de prever que o resultado seja pouco compensador.
Em termos negociais, num mercado muito específico, um atraso no lançamento de um concurso, ou a falta de realismo do caderno de encargos, tende a pagar-se caro quando, face à progressivamente maior escassez de meios e à premência de uma adjudicação, a posição negocial do prestador de um serviço escasso se vai reforçando ao longo do tempo, enquanto a do interessado vai perdendo força, podendo, no limite, não conseguir concretizar o negócio.
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