Independentemente das suspeitas, que não incidem sobre algo de novo, a suspensão dos trabalhos, caso estes ficassem concluídos a tempo de os Ka-32 serem utilizados este Verão, parece negativa, com uma eventual imposição de alguma legalidade a poder ter como contrapartida a perda de um importante recurso no combate aos fogos, no que consideramos, numa primeira análise, ser uma decisão que terá mais inconveniêntes do que benefícios.
A suspeita de uso indevido de peças, e da irregularidade do seu transporte para um laboratório a 300 metros e dentro da mesma base, portanto nas mesmas instalações e perímetro de segurança, podendo não ser formalmente adequada, parece ser comum neste tipo de reparação onde o trabalho em laboratório, em situações específicas, é necessário, não podendo ser efectuado num simples hangar onde os recursos e condições ambientais são diferentes.
Outra possibilidade é a de ou o Estado considerar que os helicópteros não estariam prontos a tempo ou não ter interesse na sua disponibilização, que, tendo vantagens operacionais, implica custos elevados, não apenas no processo de recuperação destas aeronaves, mas a nível da sua operação, particularmente dispendiosa, sendo possível que as verbas previstas para os Kamov pudessem ser melhor investidas noutro tipo de recurso.
Neste caso, surgiria a questão do incumprimento contratual, sendo de prever que fossem exigidos meios de substituição que, muito possivelmente, teriam um custo menor e um maior nível de operacionalidade, pelo que ocorre que, subjacente a esta decisão da ANPC, estaria a substituição de meios a expensas e sob a responsabilidade da Everjets ou, simplesmente, o pagamento de uma verba ao Estado que a poderia utilizar na contratação de outros meios aéreos.
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